sexta-feira, 20 de maio de 2016

Eu posso ser o que tu quiseres, cuidado, e eu sei vês-me como uma cabra insensível, uma pessoa que talvez não se importe e que agora, tenho tudo menos compaixão e coração, tudo bem. Aceito, conheces-me tão bem, e sempre foi por isso que era completamente louca por ti, ainda sou. Sabes, eu já não te detesto. Mas quer eu queira quer não, eu tenho o coração, e tenho de acrescentar: saudades .Mas eu vivo bem como se não sentisse nada. Tranquilo. Acho que realmente nunca te detestei. Tenho de admitir, era a raiva a falar mais alto, por me superares, por esqueceres tão depressa enquanto eu me sinto, enquanto eu me sinto cansada, e frustrada por ainda não ter deixado de sentir, por ainda não te ter superado, ter esquecido. E esse sempre foi o meu grande objetivo. A minha principal prioridade. Estou curiosa, como é que conseguiste deixar tudo para trás tão rapidamente? é por saber que já deixaste tudo para trás das costas que me questiono sobre tudo o que vivemos. Tenho deixado bem claro, que não quero saber. Estou calma, tranquila. Estou, sou algo que desconheço. Eu sei, sou um furacão, um vulcão sempre em via de erupção, e agora estou calma, estou quieta. Mas tirando essa merda toda, sinto-me ridícula por estar aqui a escrever esta merda, onde tenho 100% de certezas que tu nunca vais ler, ouvir, nunca! Detesto calma, desteto ordem. Sinto-me tão frustrada, oh meu deus!!! Frustrada, louca, realmente isto é um inferno! Traumatizaste-me. Sim. Isso mesmo. Nunca tive medo de ti, aliás nunca tive medo de mim, raramente tenho medo de algo. Mas o mais estupido, é que aquilo que mais me assombra és tu, o que mais me assusta sou eu. Não te culpo. Culpo-nos. Como é que chegamos até aqui? Em que esquina é que atravessamos mal? O que é, foi feito de nós? Estou cheia de danos colaterais, estou cheia de restos de ti, cheia de marcas. Porque esta pessoa, esta pessoa não sou eu. “Eu” sou os teus pedaços. Estou à beira da loucura, mas sei que só sei que se voltasse a estar e a viver um inferno, seria outra vez por ti. Só por ti. Tudo por ti. Ridículo.
Sinto-te intocável. Inalcançável. Ainda pensas nisto? Ou será mesmo tudo indiferente? Sei que não é tanto como eu, mas só um pouco? Pensa em mim. Tempo é tudo o que eu não tenho. Faz-me um favor, e por favor cala-te com essa merda. Isso mete-me tanto nojo porque só estás a ser um hipócrita, acorda. Não é o tempo que te vai fazer ficar bem, o tempo é para quem tem medo de se aproximar. Acredita que não ficas mais magoado do que eu. Eu deixo-te, mas não te esqueço. Quero-te como nunca -ainda- mas nunca penses que preciso de ti. Nem contigo nem sem ti. Acho que somos amigos. Amigos que conhecem cada centímetro do corpo um do outro. Amigos que têm segredos imagináveis em comum. Apenas isso. Amigos. é mais forte o que nos une ou o nos que separa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário